tag:blogger.com,1999:blog-2611043870983343572024-03-13T07:25:31.907+00:00CarantonhaCarantonha- s.f.-contorsão do rosto, esgar, máscara, cara feia, carranca, caraça.
* Em criança, na região de onde sou natural, e onde então vivia, quando se brincava ao carnaval, o artefacto que nos ocultava o rosto, era a carantonha porque por norma era coisa feia. O tempo passa, a evolução acontece, e hoje, pelo menos quando jogamos ao carnaval, usamos uma máscara. Ou será que não a usamos todos os dias?Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.comBlogger385125tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-28951784023137598822014-04-15T00:34:00.000+01:002014-04-15T00:34:19.801+01:00DOIS ANOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL6qFAR5FCw36hUaZEDnOumHIAZDfXuLd9n6qZyS2dMLb6PXnkHFUbCCtOky0TUvAJJZUgcvNzxZZgTCnh1H53Sg9uXXOZB-eBqJCeuap9NOPw8phcWCsKuJ4Z0lye957SdZl9HzRbFlcu/s1600/IMG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL6qFAR5FCw36hUaZEDnOumHIAZDfXuLd9n6qZyS2dMLb6PXnkHFUbCCtOky0TUvAJJZUgcvNzxZZgTCnh1H53Sg9uXXOZB-eBqJCeuap9NOPw8phcWCsKuJ4Z0lye957SdZl9HzRbFlcu/s1600/IMG.jpg" height="290" width="400" /></a></div>
<div class="aboveUnitContent" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14.079999923706055px; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_534c6efa2c3d91f30585686" style="display: inline;">
Hoje, porque a nossa passagem pelo tempo é inexorável, à distância de dois anos da tua partida, vivemos de recordar memórias. E lembro-me de como tu gostavas de flores. E como eu só tas trazia em ocasiões especiais, “puxavas-me as orelhas”,<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">por não tas oferecer mais vezes. Eu sei que não era tanto a flor que contava, mas o gesto. Então, hoje, para te ter mais presente, comprei uma rosa, que por aqui ficará até que também ela se vá. Espero que gostes.<br />Deixo-te com um bonito poema de Eugénio de Andrade e um beijo terno de saudade.<br /><br /></span></div>
</span></div>
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">Poema VIII<br /><br />Foi para ti que criei as rosas.<br />Foi para ti que lhes dei perfume.<br />Para ti rasguei ribeiros<br />E dei às romãs a cor do lume.<br /><br />Foi para ti que pus no céu a lua<br />E o verde mais verde dos pinhais.<br />Foi para ti que deitei no chão<br />Um corpo aberto como os animais</span></div>
</span></div>
</div>
</div>
<div class="photoUnit clearfix" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14.079999923706055px; margin: 0px -12px; position: relative; zoom: 1;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=754235691268242&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-b-lhr.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-ash3%2Ft31.0-8%2F10014360_754235691268242_9145342935502925086_o.jpg&smallsrc=https%3A%2F%2Fscontent-b-lhr.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-ash4%2Ft1.0-9%2F1485096_754235691268242_9145342935502925086_n.jpg&size=968%2C703&source=9" class="photo photoWidth1" data-ft="{"tn":"E"}" data-gt="{"fbid":"754235691268242"}" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=754235691268242&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; float: left; text-decoration: none;"><div class="letterboxedImage photoWrap" style="background-color: #f2f2f2; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; height: 365px; margin-left: 3px; position: relative; width: 504px;">
</div>
</a></div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-13422439842486204582013-12-08T02:15:00.000+00:002013-12-08T02:15:38.856+00:00<div role="article" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">
<div class="aboveUnitContent" style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent">Uma das coisas que se costuma dizer, nesta altura do ano, é que o Natal é das crianças. Então aqui fica um poema de natal para crianças. É um poema de Luísa Ducla Soares<br /><br />DIA DE NATAL<br /><br />Hoje é dia de Natal<br />Mas o Menino Jesus<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Nem sequer tem uma cama,<br />Dorme na palha onde o pus.<br /><br />Recebi cinco brinquedos<br />Mais um casaco comprido.<br />Pobre Menino Jesus,<br />Faz anos e está despido.<br /><br />Comi bacalhau e bolos,<br />Peru, pinhões e pudim.<br />Só ele não comeu nada<br />Do que me deram a mim.<br /><br />Os reis de longe lhe trazem<br />Tesouro, incenso e mirra.<br />Se me dessem tais presentes,<br />Eu cá fazia uma birra.<br /><br />Às escondidas de todos<br />Vou pegar-lhe pela mão<br />E sentá-lo no meu colo<br />Para ver televisão.</span></span></div>
</div>
</div>
<div class="photoUnit clearfix" style="margin: 0px -12px; position: relative; zoom: 1;">
<div class="_53s uiScaledThumb photo photoWidth1" data-ft="{"tn":"E"}" data-gt="{"fbid":"690354810989664"}" style="float: left; position: relative;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=690354810989664&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-b-ams.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-prn1%2F1488209_690354810989664_282002491_n.jpg&size=259%2C194&theater&source=9" class="_6i9" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=690354810989664&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;"><div class="uiScaledImageContainer photoWrap uiScaledImageCentered" style="background-color: #f2f2f2; height: 194px; margin-left: 3px; overflow: hidden; position: relative; text-align: center; width: 504px;">
<img alt="Foto: Uma das coisas que se costuma dizer, nesta altura do ano, é que o Natal é das crianças. Então aqui fica um poema de natal para crianças. É um poema de Luísa Ducla Soares
DIA DE NATAL
Hoje é dia de Natal
Mas o Menino Jesus Adrian Romero
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.
Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre Menino Jesus,
Faz anos e está despido.
Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.
Os reis de longe lhe trazem
Tesouro, incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.
Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão." class="img" height="194" src="https://scontent-b-ams.xx.fbcdn.net/hphotos-prn1/p480x480/1488209_690354810989664_282002491_n.jpg" style="border: 0px; height: 194px; min-height: 100%; position: relative;" width="259" /></div>
</a></div>
</div>
</div>
<div class="fbTimelineUFI uiCommentContainer" style="background-color: white; color: #4e5665; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; margin-bottom: -12px; margin-left: -12px; padding-top: 3px; position: relative; width: 510px;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="live_690354810989664_316526391751760 commentable_item hidden_add_comment collapsed_comments" data-live="{"seq":0}" id="u_jsonp_2_1k" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fbTimelineFeedbackHeader">
<div class="fbTimelineFeedbackActions clearfix" style="background-color: #fafbfb; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-top-color: rgb(233, 234, 237); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding: 8px 12px 9px; zoom: 1;">
<span class="UFIBlingBoxTimeline" style="float: right;"><span data-reactid=".r[3b9w8]"></span></span><span class="UIActionLinks UIActionLinks_bottom" data-ft="{"tn":"=","type":20}" style="color: #999999;"><a aria-live="polite" class="UFILikeLink" data-ft="{"tn":">"}" data-reactid=".r[3aqbz]" href="https://www.facebook.com/amilcar.mendes.7#" role="button" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" title="Gostam disto">Gosto</a> · </span></div>
</div>
</form>
</div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-34930150598769202532013-12-08T01:28:00.000+00:002013-12-08T01:28:36.229+00:00A MORTE DO PAI NATAL<div role="article" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">
<div class="_1x1" style="margin: 15px 0px; padding: 0px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_52a3ca1b3e3bb8e16206728" style="display: inline;">
<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">Ora pois, já se respira por aí o cheirinho a natal. Confesso que, apesar de continuar a gostar da festa na (da) família, o espírito da quadra, como hoje se festeja, não me é particularmente simpático. É que, e não sou bota-de-elástico, continuo a olhar com alguma nostalgia, o natal dos meus tempos de criança, isto porque no meu Natal continua a ter mais lugar o Menino Jesus do que o simpático velh<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">inho inspirado no arcebispo turco São Nicolau. Então deixo-vos aí<br /><br />A MORTE DO PAI NATAL<br /><br />Era um pai Natal barrigudo, com longas barbas brancas e um fato vermelho com capuz. Vivia no Pólo Norte e tinha um trenó puxado por seis renas.<br />Uma noite de Natal, andando ele a distribuir brinquedos, pousou o seu trenó no telhado coberto de neve de uma casa de lousa. Como a chaminé era estreita e o pai Natal não cabia, resolveu descer e bater à porta.<br />- Quem é? – perguntaram de dentro vozes de criança.<br />- É o Pai Natal.<br />- Não pode ser.<br />- Sou, sou.<br />- O Pai Natal não existe.<br />- Existe sim! Sou eu!<br />- …e nós somos órfãos.<br />- Coitadinhos!<br />- E se és o Pai Natal, porque vens bater à porta em vez de entrares pela chaminé?<br />- Porque a chaminé é estreita e a minha barriga muito grande.<br />- Balelas! Tu é que não és o Pai Natal!<br />- Sou eu, sim! Abram-me a porta! Deixem-me entrar!<br />- Se és o Pai Natal e queres entrar, entra pela chaminé.<br />O Pai Natal não teve outro remédio. Se queria que acreditassem nele, tinha de entrar pela chaminé. Subiu de novo ao telhado. Despiu a roupa toda e untou o corpo com manteiga, para escorregar melhor. Saltou.<br />Splash! Em cheio na panela que estava ao lume!<br />Nunca os meninos tiveram um Natal tão feliz!<br /><br />Rui Souza Coelho, Fernando Pessoa contra o Homem Aranha,<br />Lisboa, Ulmeiro, 1986</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="fbTimelineUFI uiCommentContainer" style="background-color: white; color: #4e5665; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; margin-bottom: -12px; margin-left: -12px; padding-top: 3px; position: relative; width: 510px;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="live_690337827658029_316526391751760 commentable_item hidden_add_comment collapsed_comments" data-live="{"seq":0}" id="u_2i_3" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fbTimelineFeedbackHeader">
<div class="fbTimelineFeedbackActions clearfix" style="background-color: #fafbfb; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-top-color: rgb(233, 234, 237); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding: 8px 12px 9px; zoom: 1;">
<span class="UFIBlingBoxTimeline" style="float: right;"><span data-reactid=".r[47zo4]"></span></span><span class="UIActionLinks UIActionLinks_bottom" data-ft="{"tn":"=","type":20}" style="color: #999999;"><a aria-live="polite" class="UFILikeLink" data-ft="{"tn":">"}" data-reactid=".r[1tqmg]" href="https://www.facebook.com/amilcar.mendes.7#" role="button" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" title="Gostam disto">Gosto</a> · </span></div>
</div>
</form>
</div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-15945980087669131372013-11-11T00:09:00.003+00:002013-11-11T00:10:08.286+00:00<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Este texto foi publicado ontem no Facebook.O aniversário da Bela Maria foi ontem</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">"Não houve almoço festivo nem bolo, nem flores. À mesa (fisicamente) era só eu. Mas tu estiveste cá, como muitas vezes acontece. Era o teu aniversário. Quando te apetecer cá voltar, prometo que te levarei</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">ATÉ AO PÔR DO SOL</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">Levar-te-ei, sorrindo, pelo braço</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">até quando as palavras</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">não forem mais que sombras;</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">até quando as estátuas</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">se aborreçam da da vida e pulverizem;</span><br style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;">até quando os lagos</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;"><br />noivarem as nuvens e se puser o sol.<br />Levar-te-ei, não esqueças,<br />até ao pôr do sol.<br /><br />(poema de Rebordão Navarro)"</span></span>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-72478518470686327942013-11-02T01:33:00.000+00:002013-11-02T01:33:01.769+00:00Saudade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi71cNIhKe7i8dIBvObatzUh3Z3fdJLWtxgZaCueJB2VE4Bhh1_VbzYoUgGXCB-7SDmvixpaRCG1Npp7vNvVz0FkWlKow2tZCBi-8R_C6tfpQu1YiXl6iEaeTkevTW1fisUHFLCDCCe3QRc/s1600/IMG_0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi71cNIhKe7i8dIBvObatzUh3Z3fdJLWtxgZaCueJB2VE4Bhh1_VbzYoUgGXCB-7SDmvixpaRCG1Npp7vNvVz0FkWlKow2tZCBi-8R_C6tfpQu1YiXl6iEaeTkevTW1fisUHFLCDCCe3QRc/s640/IMG_0001.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;">Se fosses ainda matéria,
seria hoje o dia de visitar-te, estar algum tempo contigo à conversa. E
levar-te flores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;">Mas sabes, ainda te “vejo” cá
por casa, muito presente, ainda converso muito contigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;">Hoje, que és espírito, será o
dia em que num silêncio recolhido, estarei em frente a ti, olhos nos olhos, mão
na mão, a dizer-te que te amo. E as flores que te levaria, se fosses matéria,
deixo-tas em jeito de homenagem num bonito e singelo poema de Eugénio de
Andrade:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>E de súbito desaba o silêncio<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>É um silêncio sem ti<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Sem álamos<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Sem luas<o:p></o:p></b></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Só nas minhas mãos ouço a música
das tuas.</b></span><o:p></o:p></span></div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-31459540437791644602013-10-25T21:27:00.001+01:002013-10-25T21:27:31.838+01:00E O OUTONO...<div role="article" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">
<div class="aboveUnitContent" style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent">FOSSES TU<br />Fosses tu uma ave ou uma folha<br />E o Outono te viria desprender.<br /><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Daniel Faria<br /><br />Estou sentada nas primeiras chuvas deste inesperado outono.<br />Abro as mãos e vejo um homem sorrindo. Os seus passos têm a medida dos meus. Um dia descobrirei porquê. Senta-se a meu lado, disposto<br />a esperar comigo a chegada do verão.<br />Pouco a pouco, uma música paira sobre o meu corpo. Agrafo os fios do sono para poder atravessar o outono de mãos dadas com ele. Foi quando percebi que lhe chamei amigo. Então, como se fosse um profeta, escreveu num muro branco o futuro dos gestos e da sede., falou-me de lugares onde os lábios rompema neve, e as gaivotas se tornam irmãs dos barcos, secretamente, num privilégio só concedidos ao mar.<br /><br />Graça Pires, in Outono: Lugar Frágil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbeviHciuIAIqOiZDg-AsKF2UnreU_ZqShAPTzPTXY6BHB7qgDKbXFJEPjxOgCVps0c9R85M2FlODkOHXcFDwnGHnWS7004P9K_AvP41OYZsjAaBjhfb_FW1NzhIIZX20RnMTCFvP1ARzS/s1600/estacoes-do-ano-outono-e07408.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbeviHciuIAIqOiZDg-AsKF2UnreU_ZqShAPTzPTXY6BHB7qgDKbXFJEPjxOgCVps0c9R85M2FlODkOHXcFDwnGHnWS7004P9K_AvP41OYZsjAaBjhfb_FW1NzhIIZX20RnMTCFvP1ARzS/s400/estacoes-do-ano-outono-e07408.jpg" width="400" /></a></div>
</span></span></div>
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></div>
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
<div class="photoUnit clearfix" style="margin: 0px -12px; position: relative; zoom: 1;">
<div class="_53s uiScaledThumb photo photoWidth1" data-ft="{"tn":"E"}" data-gt="{"fbid":"667916376566841"}" style="float: left; position: relative;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=667916376566841&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-frc1%2F883714_667916376566841_1582897628_o.jpg&smallsrc=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-frc3%2F1375238_667916376566841_1582897628_n.jpg&size=1200%2C798&theater&source=9" class="_6i9" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=667916376566841&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;"><div class="uiScaledImageContainer photoWrap" style="height: 378px; margin-left: 3px; overflow: hidden; position: relative; width: 504px;">
<img alt="Foto: E O OUTONO....
FOSSES TU
Fosses tu uma ave ou uma folha
E o Outono te viria desprender.
Daniel Faria, in Poesia, Edições QUASI
Estou sentada nas primeiras chuvas deste inesperado outono.
Abro as mãos e vejo um homem sorrindo. Os seus passos têm a medida dos meus. Um dia descobrirei porquê. Senta-se a meu lado, disposto
a esperar comigo a chegada do verão.
Pouco a pouco, uma música paira sobre o meu corpo. Agrafo os fios do sono para poder atravessar o outono de mãos dadas com ele. Foi quando percebi que lhe chamei amigo. Então, como se fosse um profeta, escreveu num muro branco o futuro dos gestos e da sede., falou-me de lugares onde os lábios rompema neve, e as gaivotas se tornam irmãs dos barcos, secretamente, num privilégio só concedidos ao mar.
Graça Pires, in Outono: Lugar Frágil, edição da J.F.Fânzeres" class="img" height="378" src="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc3/p480x480/1375238_667916376566841_1582897628_n.jpg" style="border: 0px; height: 378px; left: -32px; min-height: 100%; position: relative;" width="569" /></div>
</a></div>
</div>
</div>
<div class="fbTimelineUFI uiCommentContainer" style="background-color: white; color: #4e5665; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; margin-bottom: -12px; margin-left: -12px; padding-top: 3px; position: relative; width: 510px;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="live_667916376566841_316526391751760 commentable_item autoexpand_mode" data-live="{"seq":0}" id="u_jsonp_2_1k" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fbTimelineFeedbackHeader">
<div class="fbTimelineFeedbackActions clearfix" style="background-color: #fafbfb; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-top-color: rgb(233, 234, 237); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding: 8px 12px 9px; zoom: 1;">
<span class="UFIBlingBoxTimeline" style="float: right;"><span data-reactid=".r[1uzze]"></span></span><span class="UIActionLinks UIActionLinks_bottom" data-ft="{"tn":"=","type":20}" style="color: #999999;"><a aria-live="polite" class="UFILikeLink" data-ft="{"tn":">"}" data-reactid=".r[5dv01]" href="https://www.facebook.com/amilcar.mendes.7#" role="button" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" title="Gostam disto">Gosto</a> · <label class="uiLinkButton comment_link" style="color: #3b5998; cursor: pointer; font-weight: bold; vertical-align: middle;" title="Fazer um comentário"><input data-ft="{"type":24,"tn":"S"}" style="background-image: none; border: none; color: #3b5998; cursor: pointer; font-weight: normal; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: top;" type="button" value="Comentar" /></label></span></div>
</div>
</form>
</div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-34915084789690598542013-10-21T17:26:00.005+01:002013-10-21T17:26:59.162+01:00ACERCA DO OUTONO<div class="aboveUnitContent" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 14px; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
“É outono, o lugar onde os temores se confundem com a coragem, onde é permitido recordar amores perdidos.</div>
<div class="_wk" style="line-height: 18px;">
<span class="userContent"><span style="font-size: x-small;">Outono, o lugar onde contorno um horizonte, alternadamente azul e mel, e a liturgia dos gestos se repete, intacta e </span><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><span style="font-size: x-small;">definitiva.</span><br /><span style="font-size: x-small;">Aprendo a direcção dos ventos nos braços das mulheres com quem convivo.</span><br /><span style="font-size: x-small;">Uma andorinha incandescente pulsa na página onde transcrevo um adágio contraditório, enquanto uma ideia, flexível como sombras, contorna o lado indecifrável da cara dos dias.</span><br /><span style="font-size: x-small;">Sei hoje que o amor e a morte são a matéria preferida dos que pernoitam debaixo de roseiras bravas e sabem que, tanto as garças como os papagaios de papel, voam sempre mais alto no outono. </span><br /><span style="font-size: x-small;">Vou no vértice desses bandos, numa migração de risos transparentes.</span><br /><span style="font-size: x-small;">O restolho do milho é a cama que escolho para desvendar segredos nunca revelados por ninguém. É por isso que há franjas vermelhas pairando sobre as casas onde moram mulheres grávidas com um fogo fátuo marcado nos lábios”.</span><br /><br /><span style="font-size: x-small;">Graça Pires </span><span style="font-size: xx-small;"><i>in</i></span><span style="font-size: x-small;"> Outono: Lugar Frágil</span></span></span></div>
</div>
</div>
<div class="photoUnit clearfix" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; margin: 0px -12px; position: relative; zoom: 1;">
<div class="_53s uiScaledThumb photo photoWidth1" data-ft="{"tn":"E"}" data-gt="{"fbid":"655912341100578"}" style="float: left; position: relative;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655912341100578&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Fscontent-a-cdg.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-ash3%2F1385301_655912341100578_104008368_n.jpg&size=259%2C194&theater&source=9" class="_6i9" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655912341100578&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;"><div class="uiScaledImageContainer photoWrap uiScaledImageCentered" style="background-color: #f2f2f2; height: 194px; margin-left: 3px; overflow: hidden; position: relative; text-align: center; width: 504px;">
<img alt="Foto: ACERCA DO OUTONO
“É outono, o lugar onde os temores se confundem com a coragem, onde é permitido recordar amores perdidos.
Outono, o lugar onde contorno um horizonte, alternadamente azul e mel, e a liturgia dos gestos se repete, intacta e definitiva.
Aprendo a direcção dos ventos nos braços das mulheres com quem convivo.
Uma andorinha incandescente pulsa na página onde transcrevo um adágio contraditório, enquanto uma ideia, flexível como sombras, contorna o lado indecifrável da cara dos dias.
Sei hoje que o amor e a morte são a matéria preferida dos que pernoitam debaixo de roseiras bravas e sabem que, tanto as garças como os papagaios de papel, voam sempre mais alto no outono.
Vou no vértice desses bandos, numa migração de risos transparentes.
O restolho do milho é a cama que escolho para desvendar segredos nunca revelados por ninguém. É por isso que há franjas vermelhas pairando sobre as casas onde moram mulheres grávidas com um fogo fátuo marcado nos lábios”.
Graça Pires in Outono: Lugar Frágil" class="img" height="194" src="https://scontent-a-cdg.xx.fbcdn.net/hphotos-ash3/p480x480/1385301_655912341100578_104008368_n.jpg" style="border: 0px; height: 194px; min-height: 100%; position: relative;" width="259" /></div>
</a></div>
</div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-66660087181829393302013-10-21T17:18:00.001+01:002013-10-21T17:20:27.501+01:00O BEIJO DA FOCA<div role="article">
<div class="aboveUnitContent" style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span class="userContent">Sabes, por cá começou já há alguns dias o outono. Chegaram já as primeiras chuvas, depois da luz intensa do verão. É o tempo do cair das folhas. Tempo de caminhar para o fim, tempo de penumbra. Tempo também de alguma solidã<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">o. É também o tempo de olhar para trás, tempo de balanço, tempo de encarar o fim com a tranqui8lidade que nos vem da experiência. Por cá, na solidão (relativa) em que vou vivendo, sinto a tua falta. Recordo-te com muita frequência. Chego a convencer-me que ainda andas por cá. E é recordando-te que compenso a tua ausência.</span><br /><span class="text_exposed_show" style="display: inline;">Sabes, hoje por aqui é o Dia Mundial do Animal, e então achei que seria bom recordar-te com o "beijo da foca". Lembras-te<br />Por hoje é tudo. Fica bem, pois eu vou minorando a tua ausência, recordando-te.</span></span></div>
</div>
</div>
<div class="photoUnit clearfix" style="margin: 0px -12px; position: relative; zoom: 1;">
<div class="_53s uiScaledThumb photo photoWidth1" data-ft="{"tn":"E"}" data-gt="{"fbid":"655939444431201"}" style="float: left; position: relative;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655939444431201&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-frc3%2F1264491_655939444431201_1798893354_o.jpg&smallsrc=https%3A%2F%2Fscontent-a-cdg.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-prn1%2F12369_655939444431201_1798893354_n.jpg&size=1519%2C2048&theater&source=9" class="_6i9" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655939444431201&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer;"></a><br />
<div class="uiScaledImageContainer photoWrap" style="height: 378px; margin-left: 3px; overflow: hidden; position: relative; width: 504px;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655939444431201&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-frc3%2F1264491_655939444431201_1798893354_o.jpg&smallsrc=https%3A%2F%2Fscontent-a-cdg.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-prn1%2F12369_655939444431201_1798893354_n.jpg&size=1519%2C2048&theater&source=9" class="_6i9" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655939444431201&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer;"><img alt="Foto: O BEIJO DA FOCA
Sabes, por cá começou já há alguns dias o outono. Chegaram já as primeiras chuvas, depois da luz intensa do verão. É o tempo do cair das folhas. Tempo de caminhar para o fim, tempo de penumbra. Tempo também de alguma solidão. É também o tempo de olhar para trás, tempo de balanço, tempo de encarar o fim com a tranqui8lidade que nos vem da experiência. Por cá, na solidão (relativa) em que vou vivendo, sinto a tua falta. Recordo-te com muita frequência. Chego a convencer-me que ainda andas por cá. E é recordando-te que compenso a tua ausência.
Sabes, hoje por aqui é o Dia Mundial do Animal, e então achei que seria bom recordar-te com o "beijo da foca". Lembras-te
Por hoje é tudo. Fica bem, pois eu vou minorando a tua ausência, recordando-te." class="scaledImageFitWidth img" height="680" src="https://scontent-a-cdg.xx.fbcdn.net/hphotos-prn1/p480x480/12369_655939444431201_1798893354_n.jpg" style="border: 0px; height: auto; min-height: 100%; position: relative; top: -33px; width: 504px;" width="504" /></a></div>
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655939444431201&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-frc3%2F1264491_655939444431201_1798893354_o.jpg&smallsrc=https%3A%2F%2Fscontent-a-cdg.xx.fbcdn.net%2Fhphotos-prn1%2F12369_655939444431201_1798893354_n.jpg&size=1519%2C2048&theater&source=9" class="_6i9" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=655939444431201&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1" rel="theater" style="color: #3b5998; cursor: pointer;">
</a></div>
</div>
</div>
<div class="fbTimelineUFI uiCommentContainer" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #4e5665; margin-bottom: -12px; margin-left: -12px; padding-top: 3px; position: relative; width: 510px;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="live_655939444431201_316526391751760 commentable_item autoexpand_mode" data-live="{"seq":"655939444431201_2606187"}" id="u_jsonp_4_g" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fbTimelineFeedbackHeader">
<div class="fbTimelineFeedbackActions clearfix" style="background-color: #fafbfb; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-top-color: rgb(233, 234, 237); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding: 8px 12px 9px; zoom: 1;">
<span class="UFIBlingBoxTimeline" style="float: right; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;"><span data-reactid=".r[48c38]"></span></span><span class="UIActionLinks UIActionLinks_bottom" data-ft="{"tn":"=","type":20}" style="color: #999999; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;"></span></div>
</div>
</form>
</div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-18464159951260557262012-12-13T22:26:00.000+00:002012-12-13T22:26:58.562+00:00PARA TI <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgTsfirB7jQjyikdVCK8nlA5wvNbUYpKB0vGPiQdV69QXwSOXFTzCA91t6wSS5wPsJnYRvPbNXHmGk3aMYvvVgbr7yRFDc7C9HzxOom3PEbZC4nPPHdJWYBU8z-B-LCSI4PoWxIP_MqARK/s1600/IMG_0002.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img bea="true" border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgTsfirB7jQjyikdVCK8nlA5wvNbUYpKB0vGPiQdV69QXwSOXFTzCA91t6wSS5wPsJnYRvPbNXHmGk3aMYvvVgbr7yRFDc7C9HzxOom3PEbZC4nPPHdJWYBU8z-B-LCSI4PoWxIP_MqARK/s400/IMG_0002.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma; font-size: 10pt;">PARA TI</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma; font-size: 10pt;">PARA TI, onde neste momento estiveres (eu sei –sinto - que estás por aqui, e é por te crer tão perto, que te escrevo).<span class="apple-converted-space"> </span><br />Sabes, hoje comecei a reler “Cartas a Sandra” (há já tanto tempo que o li) o último romance incompleto do teu p<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma; font-size: 10pt;">rimo pelo lado paterno, Vergilio Ferreira. Vou gravá-lo para a Gaia Inclusiva- Biblioteca para cegos, da Biblioteca Municipal de Gaia.<br />E para ti, aqui fica um excerto de uma das cartas:<br />“(...) O amor é tão monótono, querida. Porque ele é o cimo sensível de uma imensidade de coisas que se esqueceram. Como falar desse mínimo que é o vértice de todo um mundo que o sustenta? Falar de nada, que é o todo nele? Sandra. Podia dizer o teu nome infinitamente na multiplicação do que nele me ressoa. E é assim o que mais me apetece, dizê-lo dizê-lo. E ouvir nele o maravilhoso que me abala todo o ser. Poderia escrever o teu nome ao longo do que escrevo e teria talvez dito tudo. Mas eu quero desse tudo dizer também o que aí se oculta. Dizer o meu enlevo e a razão de ele me existir. As tuas mãos nas minhas. O incrível miraculoso de eu dizer o teu rosto. O ardor de um meu dedo na tua pele. Na tua boca. O terrível dos meus dedos nos teus cabelos. O prazer horrível até à morte da minha entrada no teu corpo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma; font-size: 8.5pt;"><a href="http://www.facebook.com/photo.php?fbid=509722225719591&set=a.300899316601884.75816.100000454545022&type=1&relevant_count=1"><span style="color: #3b5998;"><br /></span></a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<em>P</em>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-16704300689478743322012-11-12T22:31:00.000+00:002012-11-12T22:31:45.630+00:00Já lá vão tantos anos...!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieEe8beBUsfgP6ivPbc1SyLMXHIssUfJ8sJC9ygIubZ-a85cixgxz_Nf35GK2YA_ZVcGKnFDyrdJDXo8rW3I_mxb3UPCJASJ2NgItoD1Ve9t_4X-QPMFLomq4FHexkqcgym4mT-Hw5vvGy/s1600/IMG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieEe8beBUsfgP6ivPbc1SyLMXHIssUfJ8sJC9ygIubZ-a85cixgxz_Nf35GK2YA_ZVcGKnFDyrdJDXo8rW3I_mxb3UPCJASJ2NgItoD1Ve9t_4X-QPMFLomq4FHexkqcgym4mT-Hw5vvGy/s640/IMG.jpg" width="425" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 1960 a RTP estava ainda na infância mas já tinha estúdios no Porto, onde eram gravados ou transmitidos directamente (mais estes do que aqueles) programas dee variedades e teatro. Vinham até realizadores e apresentadores (p.ex. Jorge Alves) de Lisboa, que alternavam com os realizadores do Porto (dr. Correia Alves). Mas eram também utilizados os serviços de habituais colaboradores dos programas de teatro ou variedades como no caso documentado nesta fotografia, em que a BELA MARIA fazia a apresentação de um programa de variedades. Note-se que o uso do teleponto era ainda incipiente, como se vê no exemplo da foto, com o texto escrito num cartão. Mas nem sempre havia teleponto. O texto (guião) era escrito e tinha que ser decorado. Ainda existe cá em casa um desses guiões. E já lá vão 52 anos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-59885049882696508642012-10-14T20:25:00.000+01:002012-10-14T20:25:13.379+01:00Memória<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdNzY4kYvIVTh1BeWcyZOse-yKQDF-lrgAP6FKAPO1J70bGPQq2LhkQpolMPeNv50L0XeKCHUowxtED7Yzx0Cuo3ArUmCqJ6WEKcK5wX7KbOMuDEil0JT2aYgJrir6uTu7OiEYKli_UDuR/s1600/IMG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" nea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdNzY4kYvIVTh1BeWcyZOse-yKQDF-lrgAP6FKAPO1J70bGPQq2LhkQpolMPeNv50L0XeKCHUowxtED7Yzx0Cuo3ArUmCqJ6WEKcK5wX7KbOMuDEil0JT2aYgJrir6uTu7OiEYKli_UDuR/s400/IMG.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 14pt;">O seu maior desejo era viver em paz consigo mesma e com os outros. Adorava o silêncio. O ruído, qualquer ruído, por mais leve que fosse, mesmo o bulício próprio da casa, a incomodavam. Começou a sentir que era um estorvo para os que a rodeavam, embora lhe fizéssemos sentir o contrário. Veio o cansaço e com ele o desejo de partir. Como ela dizia, partir para um sítio onde havia muita luz e nenhum ruído, mas que só ela sabia onde era. Sabíamos que num tempo mais ou menos próximo iríamos vê-la partir e ficar só com a sua ausência. E um dia, um tanto inesperadamente, mais cedo do que desejávamos, partiu. Hoje sabemos que chegou e onde está. Sabemos também, que finalmente está em paz consigo e com os outros. Costumamos comunicar com ela através das nossas recordações e das memórias que temos dela. E, querida Bela Maria, porque hoje faz seis meses que partiste, para mitigar a saudade que temos de ti, trago-te uma fotografia de uma peça de teatro que passou na RTP, no já longínquo dia 13 de Janeiro de 1961, em que contracenavas com o actor João Guedes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 14pt;">Obrigado pelo tempo que estiveste connosco.<o:p></o:p></span></div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-86064330258259184672012-08-31T20:12:00.000+01:002012-08-31T20:12:21.086+01:00Fim de férias com poesia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2cQ5tx4owfojf7kukfoZUBZPHi3QtkCulFinXoRfsq3odfo9Xwzoy2wCTJDxbmkmHnEb_zqx9YcnYlKk4gdH5EoC2vuLqZ-czzSKjWqRd6LbAAzn9ArDrh1yoQAkYvBweb4-sOX66IOAS/s1600/011.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" fea="true" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2cQ5tx4owfojf7kukfoZUBZPHi3QtkCulFinXoRfsq3odfo9Xwzoy2wCTJDxbmkmHnEb_zqx9YcnYlKk4gdH5EoC2vuLqZ-czzSKjWqRd6LbAAzn9ArDrh1yoQAkYvBweb4-sOX66IOAS/s400/011.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Último dia de agosto, o mês tradicional de férias. Mês em que tradicionalmente se quer mar, água a gosto, sol para bronzear o corpo massacrado por um ano de trabalho. Agosto, mar, gaivotas, uma bebida fresca ao entardecer, música suave, e um poema de David Mourão-Ferreira</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">PARAÍSO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Deixa ficar comigo as madrugada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">para que a luz do sol me não<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">constranja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Numa taça de sombra estilhaçada, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">deita sumo de lua e de laranja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Arranja uma pianola, um disco, um<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">posto,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">onde eu ouça o estertor de uma <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">gaivota…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Crepite, em derredor, o mar de<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Agosto…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">E o outro cheiro, o teu, à minha volta!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Depois, podes partir. Só te aconselho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">que acendas, para tudo ser perfeito,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">à cabeceira a luz do teu joelho,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">entre os lençóis o lume do teu peito…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Podes partir. De nada mais preciso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Verdana;">Para a minha ilusão do Paraíso.<o:p></o:p></span></div>
Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-68990271625395234382012-07-13T23:50:00.001+01:002012-07-13T23:51:18.647+01:00Até sempreCarantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-3759640819456441152012-07-13T23:49:00.000+01:002012-07-13T23:49:05.495+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUHGKImSSKzKQteooKgkvJ6oPDEt1AC7wHusOsW6a6vG3Aip4xfBqvJoWstL8R2l14cayBrosw1CY3gn91Ut6BRnNN3F0bptt1Boje-o5C4Bb9FqbDZHlL7qlwouL4mkaFLaHoc-bgynWM/s1600/015.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img $ca="true" border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUHGKImSSKzKQteooKgkvJ6oPDEt1AC7wHusOsW6a6vG3Aip4xfBqvJoWstL8R2l14cayBrosw1CY3gn91Ut6BRnNN3F0bptt1Boje-o5C4Bb9FqbDZHlL7qlwouL4mkaFLaHoc-bgynWM/s320/015.JPG" width="276" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Cumpriu-se ontem o teu último desejo, aqui na Costa Nova, onde também gostavas de estar. Era quase pôr-do-sol. Com mar tranquilo. Eu sei que naquele momento estavas connosco, por isso foi menos penoso. Finalmente descanças em paz. Até sempre.Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-42640362817558817572012-05-17T18:38:00.000+01:002012-05-17T18:38:00.080+01:00Extinção? Refundação<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A fazer fé no que li nos jornais e vi na televisão, ou muito me engano, ou a igreja católica vai brevemente extinguir-se, ou terá, inevitavelmente, de sofrer uma profunda remodelação. Ou então, alterar todos os seus códices e refundar-se.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;">- E porquê? </span><span style="font-family: Verdana;">Já que perguntaram, responderei:- Então não perdeu o corpo de deus e todos os santos?</span></div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-64664847605845968282012-04-14T23:56:00.000+01:002012-04-14T23:56:26.716+01:00O momento já é de saudade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7snB93rHf_9tLNKEph2bzd-fYwefd_eX1kOl-lbS8gWzILgsUaP364sXjVH63329WDQQWmAL-viaLx6Txdf8Uj4ceBPP_JJRXiVkH8NVE8bWcZ9KXRZARTUdsOMNm_qy0erLiXWO4tE90/s1600/008.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" nda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7snB93rHf_9tLNKEph2bzd-fYwefd_eX1kOl-lbS8gWzILgsUaP364sXjVH63329WDQQWmAL-viaLx6Txdf8Uj4ceBPP_JJRXiVkH8NVE8bWcZ9KXRZARTUdsOMNm_qy0erLiXWO4tE90/s320/008.JPG" width="320" /></a></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Chamava-se Bela Maria Dourado Ferreira Mendes. Era a Bela, a Bela Maria, até a Belinha. Sabiamos da(s) sua(s) fragilidade(s). Ela também. Sabiamos que estava cansada de viver. Não esperavamos é que tivesse resolvido partir tão cedo. Foi a MULHER que me "aturou" durante quarenta e cinco anos. "Deu-nos" um casal de filhos que amamos e três netos que adoramos. Mesmo na doença tentou sempre estar de bem com a vida, mas, de tanto lutar não resistiu ao chamamento e resolveu partir para a viagem sem retorno, hoje, manhã cedo. Sabemos que alcançou a paz que merecia. BEM HAJAS pelo que por nós fizeste enquanto estiveste connosco</span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Em sua memória aqui fica um poema de José Gomes Ferreira </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">"Devia morrer-se de outra maneira.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">Ou em nuvens.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos os amigos mais íntimos com um cartão de convite para o ritual do Grande Desfazer: «Fulano de Tal comunica ao mundo que vai transformar-se em nuvem hoje às 9 horas. Traje de passeio.»</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos escuros, olhos de lua de cerimónia, viríamos todos assistir à despedida.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio. Adeus! Adeus!»</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;">E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento, numa lassidão de arrancar raízes… (primeiro, os olhos… em seguida, os lábios… depois os cabelos…) a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se em fumo… tão leve… tão subtil… tão pólen… como aquela nuvem além (vêem?) – nesta tarde de outono ainda tocada por um vento de lábios azuis…"<u></u></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana; font-size: 18pt;"><span style="mso-tab-count: 8;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-73430115969230050942012-03-21T01:04:00.000+00:002012-03-21T01:04:33.121+00:00Dia Mundial da Poesia<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje é o Dia Mundial da Poesia. Aproveitê-mo-lo para ler um livro de poesia, ou mesmo só um poema, ou para assistir a uma qualquer sessão de poesia. Eu vou estar em Amarante na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira para participar na iniciativa "Letras e Poesia" com os alunos e familiares da Escola EB 2/3 de Amarante.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">A poesia é uma casa cheia de versos onde moram os poetas</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">A poesia gosta de acordar cedo para ter tempo de se espreguiçar antes de ouvir a música dos pássaros.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;"><strong>TEMPO DE POESIA</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Todo o tempo é de poesia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Desde a névoa da manhã</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">à névoa do outro dia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Desde a quentura do ventre</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">à frigidez da agonia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Todo o tempo é de poesia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Entre bombas que deflagram.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Corolas que se desdobram.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Corpos que sangue soçobram.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Vidas que a amar se consagram.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Sob a cúpula sombria</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">das mãos que pedem vingança.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Sob o arco da aliança</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">da celeste alegoria.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Todo tempo é de poesia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Desde a arrumação do caos</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">à confusão da harmonia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: x-small;">Poema de António Gedeão</span></span></div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-37124432858836457902012-03-05T01:26:00.000+00:002012-03-05T01:26:53.824+00:00Corrigir a nossa História?<span style="font-size: x-small;"> <div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: small;">Há dias, o jornalista Manuel António Pina, na sua crónica diária no JN, esta com o título “Apague-se a História”, contava-nos que um procurador brasileiro quer que seja retirada do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a notação “cigano” no seu sentido pejorativo: “que, ou aquele que trapaceia, velhaco, burlador”. Diz o procurador “por semear a intolerância étnica”. Diz-nos MAP que “é o método de recalcamento típico das hordas do política e linguisticamente correcto: matar o mensageiro quando ele dá notícia de acontecimentos que… não deveriam ter acontecido”. E então teria que chegar a vez dos dicionários, “enquanto não chega a descafeinização das línguas de todos os usos e sentidos preconceituosos que nelas se foram acumulando ao longo dos séculos”.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: small;">“A língua portuguesa, por exemplo, seria limpa do uso de “judeu” ou “escocês” no sentido de avarento, “judiarias” no sentido de maldades, ou ainda expressões como “trabalhar como um negro”, “trabalhar como um mouro”, “trabalhar como um galego”, “gozar como um preto”, etc…Isto é, seria limpar da sua História. E, já agora, porque não limpar a própria História dos factos feios e deixar só os bonitos e “correctos”?”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: small;">É aqui que estou em desacordo com MAP, pelo menos no que à nossa História diz respeito. Que em inúmeros factos e fastos está cheia de inexactidões, criadas no tempo dos quarenta e tal ano de obscurantismo que nos governou. Era preciso mostrar ao mundo que na nossa História não havia misérias, só grandezas. E então havia que “dourar” as histórias. Querem factos? Dois ou três. Temos aquela “santa” rainha que enquanto o seu marido-rei se dedicava a escrever cantigas de amigo “ai deus i u é”, dava umas escapadelas até junto do(s) escudeiro(s) para que este(s) a ajudassem na colheita das rosas. Ou então aquele nobre aio que de corda ao pescoço, se foi entregar, com a família, ao rei de Leão. A história não nos diz porquê. Mas nós sabemos. Ou a daquele outro “santo” que rezava, “borrado de medo”, atrás de um penedo enquanto a batalha decorria. Como estes, há muitos outros factos “adocicados” na nossa História. Seria bom que a História fosse refeita. Eu sei, eu sei, a confusão que isso iria causar! Fora isto, que nos valha São Pancrácio ou então Nossa Senhora das Coisas Impossíveis.</span></div></span>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-17892165151515378242012-03-04T20:57:00.002+00:002012-03-04T21:01:33.950+00:00Deus(es)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSly7GnqysDLpXrctvXNez-hm4U2EWHO3Ofg6EEI7DrUDoCCFef0a9ZOmm00WQ_fHCRcSeqDoNkLKy-gyh3Lcsg2o3yU2jfiptjlhI7RUUYW2NfoSKBx98PYZEOGAms8WbWoRxCtiPCT4_/s1600/deuses2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSly7GnqysDLpXrctvXNez-hm4U2EWHO3Ofg6EEI7DrUDoCCFef0a9ZOmm00WQ_fHCRcSeqDoNkLKy-gyh3Lcsg2o3yU2jfiptjlhI7RUUYW2NfoSKBx98PYZEOGAms8WbWoRxCtiPCT4_/s400/deuses2.jpg" uda="true" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Desde sempre o Homem se interrogou sobre a sua origem, sempre pensou que havia “algo”, “uma força”, “um ser superior” que o havia criado, que justificasse a sua existência. E então criou ele próprio, não uma, mas várias imagens de seres que justificassem as suas emoções, os seus sentimentos, as suas grandezas e as suas misérias, mas também a existência de tudo o que o rodeava. E assim nasceram os deuses Havia deuses para tudo. Que foram colocados no lugar ideal, o Olimpo Com o correr do tempo o Homem foi evoluindo e entendeu que era uma chatice pedir contas ou explicar-se perante tantos deuses. Achou que era uma trabalheira. E então pensou, pensou, e reuniu-os todos num só, que tivesse o poder de todos os outros que já existiam, e criou-O. Deu existência ao Ser Supremo, ao Todo Poderoso, um ser omnipresente (que tem o dom da ubiquidade), omnipotente (que tem todo o poder) e omnisciente (que tudo sabe). E chamou-lhe Deus e colocou-O no céu. E delegou Nele a responsabilidade de tudo. Até do caos que é o mundo actual. Ou não tivesse sido Ele o criador de Babel. Em suma, de vez em quando é preciso perdir-Lhe responsabilidades, Mas…</div><span style="font-size: 14pt;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b><span style="color: #333333; font-family: "Georgia Serif"; font-size: 14pt;">Responsabilidades</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Georgia Serif"; font-size: 14pt;">Gostava de deitar Deus no meu colo<br />
e dar-lhe uns açoites no rabo.<br />
Deus é uma criança malcriada.<br />
Uma criança caprichosa que tem mais brinquedos<br />
do que aqueles que pode usar.<br />
Nós <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>somos apenas bonecos abandonados<br />
aos quais o dono arrancou os braços.<br />
Um jogo de estratégia em que as baixas não contam.<br />
<br />
Gostava de pôr Deus de joelhos, virado para a parede,<br />
pôr-lhe umas grandes orelhas de burro,<br />
mandá-lo para a cama sem jantar,<br />
obrigá-lo a escrever um milhão de vezes:<br />
Tenho de ser responsável,<br />
tenho de acabar os trabalhos.<br />
Infelizmente Deus é apenas uma criança malcriada,<br />
não se lhe podem pedir responsabilidades.<br />
Deveria castigar-se era os pais,<br />
os que o criaram</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: #333333; font-family: "Georgia Serif"; font-size: 14pt;"></span><span style="color: #333333; font-family: "Georgia Serif";"><span style="font-size: small;">Jorge Espina</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: x-small;">(A tradução é minha)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-16625661055966466712012-02-23T19:10:00.002+00:002012-02-23T19:27:52.140+00:00Lembrar Josè Afonso<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/iOcDjUrjJVA?fs=1" width="459"></iframe>25 <span style="font-family: Verdana;">anos é muito tempo? Para algumas coisas parece que foi ontem. Para outras, se a lei do esquecimento não as varrer da memória, um quarto de século é já a saudade que nos morde. No caso de Zeca Afonso, o maior cantor de intervenção português, que nos deixou num 23 de Fevereiro de há 25 anos, é (foi) a memória colectiva que ficou(a) mais pobre. O Zeca foi um prolífico autor de canções, que musicou. Mas para alé disso escreveu muitos poemas que não musicou. Escreveu e musicou também poemas para peças de teatro da Barraca.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Aqui fica o registo de dois dos poemas não musicados:</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">«VENÂNCIO ERA COELHO»</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Venâncio era coelho</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Numa outra geração</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Transmigrava de noite</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">De dia sucumbia</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Quatro coisas Venâncio</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Adorava fazer</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Ver, comer, rogar pragas</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Cortar as patas às moscas</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Viaja sempre</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Com apelidos falsos</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Não declara</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">A bagagem que leva</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Diz-se ministro</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Papa</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Boletineiro</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Tem um metro e setenta</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Não se importa</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Que lhe mijem em cima</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 16pt;">Atenção é vampiro</span><br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">A PALAVRA</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">A palavra gatinha</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">Sem nada por cima</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">A palavra rompe</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>investe</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>perfura</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">Comprida a palavra perde-se</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">Em redor da mesa reveste-se organiza-se</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;">A palavra precisa de ternura</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 18pt;"> <span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">O poema Epígrafe para a Arte de furtar, cantado pelo Zeca, é de Jorge de Sena.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"></div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-11062216748378930482012-01-29T21:09:00.002+00:002012-01-29T21:21:46.896+00:00Silêncio e tanta gente<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/Ttn-hz5--Q4?fs=1" width="459"></iframe>"Silêncio e tanta gente" é, quanto a mim, uma das melhores canções da música portuguesa, pelo poema, porque de um poema se trata, e pela orquestração. Parece-me uma boa saída de domingo~e uma excelente preparação par o dia de trabalho de amanhã. Bom resto de domingo.Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-37106022087751146482012-01-29T20:07:00.001+00:002012-01-29T20:59:51.846+00:00Ai as crianças<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">"Eles podem contar tudo o que querem de nós, a quem querem. Mesmo à nossa frente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">Nós, se dissermos alguma coisa é logo castigo"</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><em><span style="font-size: x-small;">In "Livro de reclamações das crianças" de Eduardo Sá</span></em></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E depois digam que elas não avisam.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Verdana;">Fiquem-se com um texto poético de Gabriela Moura</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;"><strong>RAIO DE MANIA</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">Era uma vez…</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">Começavam sempre assim as histórias que me contavam em criança.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">De encantar, diziam…</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">- Bruxa gigante lobo mau e papão</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">- Caçador jogador e muito vilão.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">De história em história, fui sentindo que me tinham andado a enganar quando descobri que no fim, quem comia sempre a princesa, era afinal o príncipe encantado, que ainda por cima lhe fazia muitos meninos e, além disso, também cedo percebi que afinal, nem sequer existia o bondoso pai natal!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">Porque raio passamos a vida a enganar as criancinhas?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-9032840062756445762012-01-24T22:39:00.000+00:002012-01-24T22:39:51.117+00:00De volta<span style="font-size: 14pt;">De volta, num novo ano a dar os primeiros passos, ao convívio dos poucos carantonhas que habitualmente me seguem. E nada melhor do que começar falando de poesia. Fiquem então com o</span> <div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin8YBXcuyar9bcrl7_bHo8hTwkr5wBPmmPrxNoV5na2PUZVhicOobRoWDC0XV9cblbwQPc_1zFqXU0wWh008ktG44SLXLPuKar0uXi2TRlFTeDR3goLoj8xGEVpyuOZulRM2RSBkdF8Lzj/s1600/mist%25C3%25A9rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nfa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin8YBXcuyar9bcrl7_bHo8hTwkr5wBPmmPrxNoV5na2PUZVhicOobRoWDC0XV9cblbwQPc_1zFqXU0wWh008ktG44SLXLPuKar0uXi2TRlFTeDR3goLoj8xGEVpyuOZulRM2RSBkdF8Lzj/s320/mist%25C3%25A9rio.jpg" width="263" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">MISTÉRIO DA POESIA</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">O poeta brasileiro, Mário Quintana, disse um dia que “fazer versos é fácil, escrever poesia é que é difícil”. Será então que o acto poético é fruto de algum mistério? António Gedeão, apesar de nos dizer que “todo o tempo é tempo de poesia”, terá julgado que sim, uma vez que termina o seu poema “Enquanto” com o verso ABAIXO O MISTÉRIO DA POESIA”. Mas isto serão os adultos/poetas a pensar, porque “as crianças, Senhor” não pensam do mesmo jeito. Vejamos o que nos diz a Maria Carlota, de 7 anos: “<i><u>fazer versos é só imaginar coisas bonitas e já está”.</u></i> Talvez seja por isso que Portugal é um país de poetas. Senão vejamos, como escreve o João Nuno, arcozelense de 9 anos:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="font-size: 14pt;">Chamo-me João Nuno.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="font-size: 14pt;">Poetas há milhões</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="font-size: 14pt;">Mas igual a mim</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="font-size: 14pt;">Só o Luís de Camões.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Retirando algum exagero ao exagerado (passe o pleonasmo) entusiasmo do João Nuno, que hoje será um jovem entre os vinte e os trinta anos, e talvez, quem sabe, poeta, eu, como Fernando Pessoa, direi que sim, “o melhor do mundo são as crianças”. Quem como elas tem sensibilidade para nos dizerem coisas tão bonitas (que farão roer de inveja alguns poetas da nossa praça, pelo menos os que escrevem versos e não poemas), como <b><i>“a poesia é feita aos molhinhos/ou em verso”. </i></b>Ou ainda, “<b><i>se eu não existisse ficava triste”. </i></b>E esta pequena pérola, com que, como recompensa do amor de uma mãe, a sua filha de 7 anos, demonstra o seu amor de filha: <b><i>“a minha mãe é um amor/que caiu do céu”. </i></b>E nada melhor para terminar, do que este verso de uma Maria João, de 4 anos: <b><i>“rimar é parecer”</i></b>. E assim, pela boca das crianças, se define a poesia.</span></div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-28878919460244597852011-12-30T19:20:00.002+00:002011-12-30T21:05:54.626+00:00Há gajas ou não há gajas?<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/8y-KBlDFZOo?fs=1" width="480"></iframe><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este ano de 2011 está quase quase a acabar. Se estendermos o nosso braço, a mão já quase consegue agarrar o 2012. Posto isto, pareceu-me bem, trazer até aqui uma pequena história com um ligeiro toque de brejeirice. Preparem-se, carantonhas, para ler a história da reunião magna na selva para anunciar o programa das festas comemorativas do aniversário do Rei Leão. E para vos saber melhor podem ouvir, do Carnaval dos Animais, do compositor francês Camille Saint-Sans a introdução e marcha do rei Leão. Não será a interpretação com mais pompa, mas é de certeza uma das mais curiosas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vamos então à história.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><u>LEÃO</u> (<em><span style="font-size: x-small;">dirigindo-se à assembleia</span></em>) Bem, meus amigos, as festas vão durar três dias, e no primeiro dia vamos ter exercícios de trapézio por uma parelha de macacos vindos expressamente de...</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><u>SAPO</u> (<em><span style="font-size: x-small;">interrompendo, do fundo da sala</span></em>) Então...e gajas? Há gajas ou não há gajas?...</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><u>LEÃO</u> (<em><span style="font-size: x-small;">ainda mal refeito da ousadia do batráquio</span></em>) Bem... E como eu ia a dizer, vamos ter um segundo dia bastante animado com cobras, tigres, elefantes e...</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><u>SAPO</u> <em>(<span style="font-size: x-small;">interrompendo, de novo, com determinação</span></em>) Mas o que é que essa merda interessa? Gajas é que conta. Há gajas ou não há gajas?</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><u>LEÃO</u> (<span style="font-size: x-small;">já completamente lixado, com f</span>) Bem... o terceiro dia será uma grande apoteose, com banquete, orquestra e fogo de artifício.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><u>SAPO</u> (<em><span style="font-size: x-small;">ainda mais inquisidor</span></em>) Então... mas só isso? Não ouvi falar em gajas! Há gajas ou não há gajas?</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><u>LEÃO </u>(<em><span style="font-size: x-small;">prestes a saltar</span></em>) Bom...obrigado por terem vindo. Está encerrada a sessão. Podem sair todos, com excepção daquela coisa verde e rastejante que está lá atrás, e vai ficar feita em merda!</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><u>SAPO </u>(<em><span style="font-size: x-small;">desafiando completamente a autoridade da monarca</span></em>) <em>Daasss</em> pá!!! Deixa lá a merda do crocodilo! Há gajas ou não há gajas?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Depois da história que, espero, vos tenha feito pelo menos sorrir, aconselho a que ouçam o Carnaval dos Animais, completo. </span>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-261104387098334357.post-25006942995713791422011-12-23T14:59:00.002+00:002011-12-23T15:04:25.640+00:00A morte do Pai Natal<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já aqui deixei escrito num dos anos passados, que o meu Natal é o do Menino Jesus. O Pai Natal- personificado por São Nicolau, bispo de Esmirna, na Ásia Menor -, é um costume que nos chegou através dos povos do norte da Europa. E para nossa desgraça, (pelo menos minha), a coca-cola apossou-se dele e vestiu-o de vermelho. Por tudo isso, e também pelo gutural e idiota wow, wow, wow, vou matar o Pai Natal, que alguém, sem o meu assentimento, já matou no Facebook.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: Verdana; font-size: 14pt;">A MORTE DO PAI NATAL </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: #333333; font-family: Verdana; font-size: 14pt;">Era um pai Natal barrigudo, com longas barbas brancas e um fato vermelho com capuz. Vivia no Pólo Norte e tinha um trenó puxado por seis renas.<br />
Uma noite de Natal, andando ele a distribuir brinquedos, pousou o seu trenó no telhado coberto de neve de uma casa de lousa. Como a chaminé era estreita e o pai Natal não cabia, resolveu descer e bater à porta.<br />
- Quem é? – perguntaram de dentro vozes de criança.<br />
- É o Pai Natal.<br />
- Não pode ser.<br />
- Sou, sou.<br />
- O Pai Natal não existe.<br />
- Existe sim! Sou eu!<br />
- …e nós somos órfãos.<br />
- Coitadinhos!<br />
- E se és o Pai Natal, porque vens bater à porta em vez de entrares pela chaminé?<br />
- Porque a chaminé é estreita e a minha barriga muito grande.<br />
- Balelas! Tu é que não és o Pai Natal!<br />
- Sou eu, sim! Abram-me a porta! Deixem-me entrar!<br />
- Se és o Pai Natal e queres entrar, entra pela chaminé.<br />
O Pai Natal não teve outro remédio. Se queria que acreditassem nele, tinha de entrar pela chaminé. Subiu de novo ao telhado. Despiu a roupa toda e untou o corpo com manteiga, para escorregar melhor. Saltou.<br />
Splash! Em cheio na panela que estava ao lume!<br />
Nunca os meninos tiveram um Natal tão feliz!<br />
<span style="font-size: x-small;"><span class="googqs-tidbit-0"><b></b></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: #333333; font-family: Verdana; font-size: 14pt;"><span style="font-size: x-small;"><span class="googqs-tidbit-0"><b>Rui Souza Coelho</b>, <i>Fernando Pessoa contra o Homem Aranha</i>,</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
<span style="color: #333333; font-family: Verdana;">Irmãos CARANTONHAS, para todos, votos de um BOM NATAL (o melhor que vos for possível).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div></div>Carantonhahttp://www.blogger.com/profile/13977745339059302619noreply@blogger.com0