Acabo de saber que partiste.(pausa) Desculpa lá, mas umas lágrimas teimosas a marejar-me os olhos, quase não me deixam ver o teclado.Sei que partiste sereno, como merecias. Nos 18 anos que por cá andaste a fazer-nos companhia foram mais (tenho a certeza) as alegrias que nos deste do que as arrelias.Lembras-te que os primeiros tempos da tua infância foram passados aqui em casa ?
Lembras-te das nossas brincadeiras ali no jardim da Praça das Flores? E depois já em casa do Pedro e da Paula, quando lá íamos, os longos passeios que dava contigo? Espero que te tenhas sentido feliz enquanto cá estiveste. Desejo ardentemente que estejas em paz,que descances, e que aí onde te encontras tenhas grandes conversas com os teus companheiros. E se vires por aí a nossa gata Baby (que tu conheceste) e o nosso gato Nicola, diz-lhe que lhe mandamos saudades. Antes de me despedir deixa-me limpar umas lágrimas teimosas. Fica em paz.
11 comentários:
Costumo dizer que as pessoas e naturalmente os animais, só morrem quando morre, a ultima pessoa que se lembra delas.
Enquanto isso, existe um nome e uma memória colectiva que não deixa que se morra, realmente.
O Lucky, felizmente ainda vai estar na memória de muitos, por muitos e bons anos.
E essa é uma virtude que só ele soube merecer e conquistar.
Como lhe disse antes de morrer:
- Se houver céu, fala bem de nós lá e já agora pede a longevidade que tiveste para os meus.
Já agora, como também costumo dizer.
É até o titulo de um texto que escrevi há anos...
"Tenho uma forte esperança de uma dia vir a ter fé."
Ontem ela, tentou-me.
O que me confunde.
Já que a tentação é obra do diabo.
Enfim, divagações que não ficam para agora até porque o Lucky já não está aqui ao meu lado a ver-me escrever. E é por ele que aqui estou hoje.
Pedro.
Fiquei triste com a notícia mas, como já transmiti ao Pedro, ..não devemos chorar pelas coisas boas que acabaram ,.. mas sorrir porque aconteceram,...
Zé Mosa
Não sou muito de escrever, mas acho que ontem o meu Lucky se foi despedir de mim. Já estava deitada antes de tudo acontecer e há muito que não acontecia, mas ontem ele foi ao quarto do meu lado da cama, cheirou e foi embora. Pouco depois aconteceu o que já esperácamos há algum tempo. Acho que foi mesmo despedir-se de mim.
Hoje chego a casa e sinto a falta das unhas dele a bater na tijoleira...
Obrigado ao meu excelentissimo sogro por escrever palavras bonitas tanto ao meu cão como à neta e por me fazer chorar porque chorar faz tão bem como rir. Obrigado ao meu marido por nos amar.
Obrigado ao meu primo por nos fazer ver a realidade.
Lucky luke ficarás para sempre nos nossos corações. Lembras-te quando ainda eras pequenino e roes-te o tecido do meu vestido de casamento?
Lá em cima não faças asneiras destas...
Descansa em Paz!
Paula
A Filomena pediu-me para vos transmitir a sua tristeza e para vos enviar um beijinho.
Zé Mosa
Fiquei muito triste com a notícia, embora fosse um desfecho já anunciado é sempre muito doloroso, ver alguém que amamos partir... Felizmente o Lucky também fez parte da minha vida, 18 anos é muito tempo, ou como se costuma dizer " é uma vida " e para vida de cão é muito... dizem. Eu cá acho que é sempre pouco...Uma certeza eu tenho que no "Ceú dos Animais" o Lucky vai falar da vida que viveu, das pessoas com quem conviveu e sobretudo elogiar os donos especiais que teve. Eu como acredito que vimos cá outra vez, certamente, vamos cruzar-nos todos novamente.
Até um dia.
Cristina
Geralmente os bons é que são chamados para o lado do Senhor, e o Lucky, mesmo sendo um cão, não foi excepção. Foi por ele que eu dei o mesmo nome aos meus dois últimos cães, de certa forma para me recordar dele. O Lucky foi um grande amigo de todos nós, ajudou-nos em alguns momentos tristes com as suas brincadeiras, enfim... De uma coisa fico feliz, de ter tido a oportunidade de ter estado com ele durante as férias, de ter ido passeá-lo a horinha do xixi. Engraçado que mesmo velhinho, ainda conseguia pôr as cadelinhas dos vizinhos todas a ladrar. Sou de opinião que olhemos para esta partida dele pelo lado bom, porque ele já estava a sofrer.
Força aí ganda Primão e força também para ti Paula.
Beijinhos e abraços quentinhos de África para todos.
Jonito
Adorei ver o meu GANDA primo Miguel John(mais um Carantonha) a aparecer por aqui mas há algo que quero corrigir no comentário dele.
O Lucky Luke não estava a sofrer.
De todo.
Comia, bebia, dormia e ficava todo contente quando ia à rua como um cachorro. Claro que ás vezes as patas já não aguentavam e caia de quatro no chão. Eu ajudava-o a levantar enquanto ele olhava meio parvo para mim como que a perguntar porque raio aquilo lhe tinha acontecido.
Estava magro, via mal e ouvia mal.
Até o tumor que lhe apareceu, foi tratado, cicatrizado e ele nem sentia nada. Até andou de t-shirt, algumas de marca, ehehe, para não lamber a pomada.
Desculpa primo.
Mas não quero que passe pela cabeça de ninguém que ele alguma vez esteve em sofrimento.
Tinha-o levado nessa hora.
O que me estava a custar era levá-lo sem o ver em sofrimento.
E até esse favor ele me fez. Não chegou a ser preciso.
GRANDE, até na morte.
Para além de que escolheu a noite para que a Mariana não assistisse.
Sábio, sem dúvida.
Quanto a mim. Estou sereno.
"há palavras que para além de belas, têm o dom de transmitir, em simultâneo, A sensação."
É isso. Sereno.
Pedro.
Ando hà dias a tentar escrever alguma coisa mas não consigo, não sai nada...
Fecho os olhos, penso nele e vejo os olhos dele a olharpara nós talvez meio perdido, ouço as patas na tijoleira, mas depois não sai nada...
Mas afinal isto é mesmo para ele, portanto cá vai - Au au au,ruf au au...
Até um dia destes, Lucky.
Carla
Eis, como num blog de pessoas... um cão bate o record de comentários.
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É tão simples, sermos melhores.
Pedro.
Desculpem, não é com a preocupação de bater records de comentários do Lucky Luke.
Estou sereno, como a palavra... transmite.
É apenas uma história. Rápida.
O Lucky Luke foi até agora o unico cão que vi dar uma cambalhota perfeita.
Passou-se há cerca de um mês. Já com 18 anos, portanto. Feitos a 23 de Janeiro.
Levei-o a dar a voltinha do custume e num pequeno jardim muito íngreme ele, virado para baixo, começou a cheirar qualquer coisa no chão e foi metendo a cabeça mais para baixo. Ora, dada a inclinação do terreno e a falta de força nas patas, o peso do corpo veio todo para a frente o que fez com que desse uma cambalhota perfeita.
O olhar dele para mim depois daquilo, não se descreve.
Tipo...
!!!!!!!!!!!!!!??????????? Dassseee!
E agora parte, meu amigo e mais uma vez...
Se houver céu, fala lá bem de nós.
Abraço.
Pedro.
É muito ténue a diferença entre nós e aqueles que, ao longo de muitos anos, são parte integrante da nossa familia, das nossas alegrias, das nossas tristezas e dos nossos sonhos.
Um abraço.
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