Se fosses ainda matéria,
seria hoje o dia de visitar-te, estar algum tempo contigo à conversa. E
levar-te flores.
Mas sabes, ainda te “vejo” cá
por casa, muito presente, ainda converso muito contigo.
Hoje, que és espírito, será o
dia em que num silêncio recolhido, estarei em frente a ti, olhos nos olhos, mão
na mão, a dizer-te que te amo. E as flores que te levaria, se fosses matéria,
deixo-tas em jeito de homenagem num bonito e singelo poema de Eugénio de
Andrade:
E de súbito desaba o silêncio
É um silêncio sem ti
Sem álamos
Sem luas
Só nas minhas mãos ouço a música
das tuas.
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