Não é por nada...
QUASE ELEGIA
Ainda terás nome?
Esse que te dei, chama
ou asa, ainda te pertence?
Se tens ainda nome
por que não respondes? por que não
te aproximas para respirar
comigo o mesmo sol, o mesmo riso?
Também a transparência,
claro rumor de tílias, morre
quando se morre?
ou só morre a espessura dos dias,
o peso do ar?
Com as mãos, com os olhos, seja
com o que for, dentes ou sílabas,
escavarei o chão até romper
a água - para sempre acesa.
... mas apeteceu-me acabar o dia com um poema do Eugénio de Andrade.
Votos para amanhã: CARPE DIEM
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