Chegado aqui já nada me surpreende. Não poderei dizer, de surpresa em surpresa, até à surpresa final, porque francamente não sei se alguma vez acabará. Refiro-me às "bacoradas" linguísticas que com frequência ouvimos nas nossas televisões, e mesmo na comunicação social escrita. Já não bastavam os "bordões" utilizados e as más pronuncias. Agora (só agora?) até nas traduções.No telejornal da RTP passava uma peça, com tradução, sobre um senhor americano que se tinha deslocado dos EEUU para procurar a filha, pois tinha fé que, hoje, ainda estivesse viva. A dada altura referiu-se aos haitianos, haitians, em inglês. Para nós soa mais ou menos assim: "eichanes". Pois não é que na tradução apareceu traduzido por haieiêses? Sem mais.Como já me vou fartando de ouvir tanta "bacorada", apetece-me dizer que este(a) tradutor(a) só se safava com uma "bosteita" na tromba.
Para os menos conhecedores, "bosteira" vem de "bosta" que significa excremento de gado vacum. Bosteira é aquela grande "larada" que fica no chão quando o boi ou a vaca se largam.
Era uma coisa assim que devia castigar essa gente. Disse. E saí pela porta do fundo.
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