Depois de ter visto hoje, na televisão, um programa sobre "os novos pobres" portugueses (gente que tinha empregos estáveis e de um dia para o outro se viu no desemprego e sem meios de subsistência); depois de ter assistido ontem, pela televisão, ao espectáculo deplorável dado pelos políticos na Assembleia, na reprovação do PEC, e depois, dos seus comentários; depois de ver..., bem fiquemos por aqui...!, achei por bem trazer aqui um poema absolutamente actual, um retrato escrito pelo meu amigo, e poeta, Fernando Campos de Castro.
INSTANTÂNEO
Chegou-se:
vinha andrajoso
mais parecia um cão tinhoso
do que um pedaço de gente
Olhou-me então bem de frente
dizendo compenetrado:
- Miséria e solidão
é isto que um velho herda
Sabe uma coisa senhor:
- Este País é uma merda
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