Na era moderna houve, sem dúvida, dois acontecimentos que mudaram o mundo. Refiro-me ao aparecimento da televisão, a "caixa que mudou o mundo", e ao 11 de Setembro de 2001, o mais recente, um crime hediondo, inqualificável. Passam hoje dez anos sobre o infausto acontecimento e parece-nos que foi ontem. Ainda está bem vivo na nossa memória. Durante quantos anos mais? Questiono-me, porque temos memória curta, pois já nos esquecemos (e aqui refiro-me concretamente à "caixa que mudou o mundo" e aos restantes media) que existiu também o 11 de setembro de 1973, no Chile, um golpe fascista que, com a colaboração dos EE.UU .derrubou o presidente comunista Salvador Allende. E sucederam-se perseguições e milhares de assassinatos (nestes,incluídos inúmeros fuzilamentos). Seria bom que não o esquecessemos.
Por associação de ideias lembrei-me dos Fuzilamentos de 3 de maio, do pintor espanhol Francisco de Goya e do fantástico poema de Jorge de Sena, a propósito deste quadro - Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya.
Como é um poema extenso fica para ilustrar um outro texto.
Hoje deixo aqui um pequeno poema de Carlos Pinhão, mais conhecido como jornalista desportivo.
A GUERRA
Num ano qualquer
houve uma batalha qualquer
numa terra qualquer
entre um rei qualquer e outro rei qualquer.
No fim, um anjo qualquer
desceu no campo de batalha,
pegou nos cadaveres do rei qualquer e do rei qualquer
e disse para um deus qualquer:
- Qual quer?
Fiquem bem, e tenham uma boa semana de trabalho.
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