(--)
sei muito bem que andas
por aqui
(--)
não sei mesmo se há um céu dos gatos
mas mesmo que haja tu vais
arranjar maneira
de estar por aqui
como ainda hoje o fizeste.
O meu colega e amigo Nelson Ferraz, bom poeta e homem sensível (como são os bons poetas),teve até há pouco (fisicamente) lá em casa a sua gata Kelly. O destino fez com que ela partisse. O Nelson escreveu no seu blog um poema à Kelly e pediu-me que eu deixasse um comentário. Cumpridor, escrevi-o e tentei colocá-lo no blog. Só que por não saber, ou por qualquer outra circuntância, não consegui.
Aqui fica o comentário:
"De certeza certa, não sei se há um céu dos gatos, mas creio que sim. Mas sei que os gatos quando partem, voam toda a noite em direcção à lua onde os espera um velho gato já cego que os envia para o espaço transformados em poeira das estrelas, que em noites enluaradas vemos cair em pó prateado, na direcção da Terra."
O itálico do comentário pertence a um texto de Mário Cesariny.
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