quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Candidatos


Democracia é a arte de dizer "cãozinho bonito" até se encontrar uma pedra
Wynn Catlin
Modernamente, todo aquele que pretende um cargo de nomeação ou eleição, candidata-se, é o candidato. Só que hoje quem se candidata veste-se como lhe agrada, desde o mais formal fato e gravata até à veste mais indiferenciada (parece que agora se diz “casual”). Já imaginaram o ridículo que seria hoje, se alguém se apresentasse a disputar um cargo, todo de branco vestido? Pois, mas é daí que deriva a palavra candidato, através do latim candidatu, “o que vem vestido de branco” (não nos esqueçamos de palavras como cândido, candura, etc.) De facto, na antiga Roma, todo aquele que concorria a um cargo político devia ser homem sem mancha, puro, de consciência limpa – “branco”, resumindo.
Daí que quando apresentavam a sua candidatura, envergavam uma toga de alvura imaculada. Por extensão o termo passou a aplicar-se a todo aquele que concorria a qualquer cargo. Os meus caros carantonhas desculpem, mas eu cá, com o meu espírito retorcido, hoje, obrigava a que todos os pretendentes, ou concorrentes (palavras que querem dizer o mesmo que candidato) se apresentassem de negro. Sabem o que eu quero dizer, não sabem? Pronto, já disse.

1 comentário:

Pedro disse...

Isto, é serviço público.
Aprendermos de onde vem a palavra "candidato".
E que surpresa! O seu significado.
Mas faz sentido. Ou devia fazer. Infelizmente o sentido da palavra perdeu-se nos tempos.
Eu que moro em Gondomar, qual a côr do fato que devia vestir ao Valentim Loureiro!!!?
A minha filha, de 8 anos quer que ele ganhe porque assim sabe que vai de avião a Lisboa no próximo ano. Isto porque o "Major" paga, quer dizer, a Câmara paga uma viagem a Lisboa de avião a todos os alunos que completam o 4º ano.
Não pondo em causa a medida porque há exemplos bem piores, o que me custa, é ver a minha filha estar já a ser comprada sem ter qualquer noção disso.
E pronto, por hoje é isto.
É por isso que gosto de passar por aqui. Às vezes aprendo, às vezes reflicto, às vezes saboreio palavras de outros e às vezes acabo por escrever um bocadinho.

Pedro.