Felizmente que por cá, neste cantinho, a taxa de analfabetismo é já muito baixa. Infelizmente a taxa de iliteracia (ou literacia) continua alta, e se o nosso ensino se mantiver no actual estádio, existe uma forte tendência para aumentar, continuaremos a ter muito analfabeto funcional. Vem isto a propósito de um acto de vandalismo noticiado no JN. Uns quantos energumenos incendiaram alguns ecopontos na Praça Velasquez (para mim vai continuar a ser). A notícia completava a fotografia. A notícia dizia que segundo o taxista que presenciou a selvajaria, "eram cerca de três jovens". Vá lá, para tornarmos a coisa mais equilibrada, não seriam 3,25 nem 3,75 os vandalos, mas um número mais redondo, 3,50. Pronto.
E acrescenta o jornalista (?) escrevinhador, agora da sua lavra, que terão sido incendiados cerca de quatro ecopontos. E digo eu, para sermos mais exactos, arredondemos para três e meio. Fica melhor, tem mais pinta. Mas não só nos jornais isto acontece. Também na rádio e na televisão. E o mais caricato é quando, o «pivot» diz, por exemplo, "béco" e na reportagem qe ilustra a notícia o jornalista diz "bêco". Pois é, carantonhas, não sei o que acontecerá quando vier aí em força, e obrigatoriamente, o novo acordo ortográfico.
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