Ora aqui está o primeiro poema de 2011. É um poema do poeta brasileiro Mário Quintana. Fala-nos da vida e do seu percurso no mapa do tempo. Mas será que a vida corre no tempo, como nos diz o poeta? Fica a dúvida. E o número 666. O número da besta.Que de alguma forma está também relacionado com o tempo.
SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mario Quintana ( In: Esconderijo do tempo)
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