Assim se vê a força...alto lá, carantonhas, não me acusem de copiar, isto é, clonar ou plagiar qualquer slogan que baile nas vossas desconfiadas cabeças.
Eu só quero dizer que assim se vê a força da poesia, entendido!
Esta que fica aí em baixo, lembrei-me dela quando pensava em algumas acções de alguns dos principais arcontes do areópago ( eh pah, como é difícil desarrincar de vez em quando, palavras caras) de algumas localidades. Desculpem lá tantos "alguns", mas teve que ser. Carantonhas, carantonhas, não se ponham pr'aí (neologismo?) com pensamentos enviesados...
É que os arcontes que nos (des)governam, ainda que o não pensem ou saibam, são também actores. E alguns, bem grandes. Tenho dito, e vamos então à poesia de Sidónio Muralha.
TEATRO
Na sala vazia sentaram-se os quatro.
E os quatro ficaram olhando,no fundo,
a mancha de luz do pequeno teatro.
- O dono do teatro - um vagabundo
que trouxera o teatro do outro lado do mundo -
por trás das cortinas puxava os cordéis...
Puxava os cordéis aos fantoches, fiéis
aos seus dedos infiéis de vagabundo.
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Dos quatro meninos, um deles voltou,
e tanto viu, que decorou
as falinhas mansas e a maneira
invertebrada dos fantoches de feira.
De dois dos meninos ninguém mais falou,
(e o outro é Poeta e ninguém lhe perdoa...)
mas do menino-fantoche como é bom falar...
- porque o menino-fantoche é hoje a pessoa
mais importante do lugar.
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