Trago-vos hoje um poema de um poeta portuense (1866-1948), João Saraiva.
DO NATAL Á CRUZ
Numas palhinhas deitado,
Abrindo os olhos à luz,
´Loiro, gordinho, rosado,
Nasce o Menino Jesus.
Uma vaquinha bafeja
Seu lindo corpo divino,
De mansinho, que a mão veja
E não se assuste o Menino!
Meia-noite. Canta o galo.
Por essa Judeia além
Dormem os que hão-de matá-lo
Quando for homem também...
E, pensativa, a Mãe Pura
Ouve, fitando Jesus,
Os rouxinóis na espessura
Dum cedro que há-de ser cruz!...
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