terça-feira, 18 de maio de 2010

Finalmente

Até que enfim (não, não é enfim sós), e para contentamento de muita gente, a lei foi promulgada. Já podem ter a liberdade de casar. De ter muitos filhos não sei! Segundo uma deputada entrevistada, a promulgação "deixou-nos muito felizes". Depois de ouvir isto, uma enormíssima dúvida me inquieta: para que duas pessoas sejam felizes juntas (e aqui não importa que sejam homo ou hetero), é necessário que se casem (uma com a outra, é óbvio)?

Estava para acabar este escrito, e de repente lembrei-me de uma história que se passou numa renomada empresa da cidade, cujo administrador conheço. Passou-se no tempo de seu pai, de quem fui amigo. Na empresa trabalhava uma senhora de pouca instrução, mas de muito saber. Vivia maritalmente com um homem de quem tinha, salvo erro, seis filhos. Um dos directores, católico, periodicamente, instava-a dizendo-lhe mais ou menos assim: - ó senhora fulana, porque é que vocês não casam. Os vossos filhos já são adultos e não se devem sentir bem com a situação..." Em dada altura, já farta de ser interpelada, respondeu asssim: -Ó senhor doutor, Deus disse multiplicai-vos e não casai-vos!"

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