terça-feira, 26 de julho de 2011

"Bonecos de fogo preso"

O meu amigo Seixas Branco partiu. Poeta, pintor, o Castelinho, como também era afectuosamente tratado (Seixas Castelo Branco) deixou-nos, entre outros mais recentes, nos quais experimentou uma renovada linguagem poética, um livro admirável - "Bonecos de fogo preso" - escrito há mais de 50 anos, e que infelizmente nunca foi reeditado. Nele plasmou com inusitada mestria, as gentes da ribeira do Porto (ele, que era transmontano), o São João das Fontaínhas, o quotidiano dos bairros ribeirinhos. Poemas, que juntos, eram um só e fantástico poema, de uma teatralidade espantosa, (ele também pisou esses terrenos). Talvez que agora, lá, onde estará a chegar, encontre alguém que dê ao "Bonecos de fogo preso" o palco que merece. Amigo, até sempre.

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