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Imagem"roubada", com a devida vénia, a prodygio.livejournal.com
Desde segunda-feira que estou preparado para receber na caixa de correio, como ultimamente tem vindo a acontecer, vindo das mais insuspeitas proveniências, o habitual artigo de opinião, no JN, do novo guru do jornalismo português, o sr. Mário Crespo. Devo dizer que uma ou outra vez já concordei com o que escreveu. Mas comecei a ter sérias reservas quando começou a escrever contra o Governo e mais concretamente contra o PM. Repare-se que digo contra e não sobre. Definitivamente não aprecio o seu estilo televisivo. A fala não é fluente, é arrogante e por vezes insolente. Deturpa e insinua o que, e como, lhe dá na real gana. Mas tem muitos adeptos. Digamos que é o supra-sumo do mau jornalismo que actualmente se faz em Portugal. Esta é a minha opinião. Tenho direito a ela. O mesmo direito que tem o sr. Crespo e os seus colegas, em opinar sobre tudo e sobre todos. O jornalismo que hoje se pratica, usa e abusa despudoradamente da desinformação, traduzida na falta de rigor, ou então, na manipulação com fins inconfessáveis Esta maneira de estar no jornalismo, leva a que me interrogue se os jornalistas, especialmente os que fazem investigação e os que opinam, não deveriam ser submetidos ao “inevitável escrutínio” (expressão usada pelo “inevitável” Vasco Pulido Valente, no Público) a que submetem os atingidos pelos seus artigos? O quarto poder, já que de um autêntico poder se trata, não pode fugir à devassa a que se julga no direito de submeter os outros. E por aqui me fico, pois acho que já gastei cera demais com tão ruins defuntos. Mas não pude resistir à tentação.