quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Riam, que eu dou licença

As coisas sérias deviam ser levadas a sério. Mas, infelizmente, todos sabemos que há coisas sérias, que quando as vemos, as lemos, ou delas tomamos conhecimento, nos dão vontade de rir. É o caso de uma notícia que nos vem de Espanha, mais precisamente de Barcelona, e que lemos na edição on line do El Mundo. O ministro do Interior, Saura, quer que os agentes policiais obtenham o mais alto nível do controlo de qualidade.Para isso vai implantar um sistema de controlo de qualidade. Até aqui tudo aceitável. Mas vem aí um riso amarelo, pois o controlo inclui "um questionário de satisfação da pessoa detida". O questionário inclui perguntas do tipo: "Foi tratado com simpatia e cordialidade pelo agente que o deteve?". "Pôde ser visitado por todas as pessoas que pediu?". "Considera que as condições de higiene foram adequadas durante a sua detenção?". Até aqui, se o caro carantonha sorrir, ou rir, ninguém leva a mal. O que vem a seguir é de deixar o leitor de queixo caído, e quem sabe, desejar ser preso.Ora vejam: "Quer denunciar a pessoa que procedeu à sua detenção?". Não é um primor, digam lá!
Se a moda pega e começamos por cá a adoptar tais métodos, com a mania de copiar tudo e acrescentar mais qualquer coisinha, vai ser o bom e o bonito. Parece que já estou a ver o detido: "Psst, ó sôr agente, quero fazer xixi e preciso que venha comigo, pra me pegar na pilinha". Com esquadras e agentes a trabalhar assim vai ser uma delícia. Vá lá, sorriam, pelo menos.

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