sexta-feira, 20 de maio de 2011

IMORTAL de Rodrigo Leao


Para além da qualidade musical, e porque apesar de…, gosto, resolvi trazer até aqui este vídeo por duas ordens de razões: as boas e as más. Vamos às boas. A música, chamemos-lhe assim, é daquelas que, depois de um dia estafante, ao ouvi-la, ao mesmo tempo que nos empolga, nos leva a uma sensação de dolce far niente. Pelo menos comigo assim é. Depois, a violinista é excelente, além de ser bonita, o que até ajuda o violino a dar-nos um som mais quente. E para tornar tudo ainda melhor temos uma soprano magnífica e também bonita, a portuguesa Ângela Silva. Como não haveria de sê-lo, se o latim angelus deu no que deu.

Agora as más razões. É um vício, um defeito, ou o que queiram chamar-lhe, e já tenho comentado isso com gente do meio, que, -  e não é só com as bandas portuguesas, as estrangeiras também abusam do esquema –  a parte instrumental abafe as palavras do poema. Frequentemente ouve-se só a voz do ou da solista. Quando alguém escreve um poema para ser cantado, a melodia deve estar lá para sublinhar as palavras, não para as abafar. E este vídeo, de que gosto, repito, é um exemplo disso. Deveria ter legendas. A não ser assim, corre o risco de passar de Imortal a mortal em pouco tempo. Agora que já desabafei, e espero não ter abafado nada nem ninguém, só me resta desejar-vos um bom fim de semana, de preferência com sol, para que os caros carantonhas façam por se portar mal, e se possível ser felizes.
                                

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