sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Amigos parte l

Este escrito deveria ter acontecido ontem aqui no blog. Já saberão porque não. Ontem foi, para mim, um dia cheio. Foi um dia de rever amigos. Todos colegas - de profissão - mas só alguns amigos de peito. Todos já na reserva. Foi o dia em que aconteceu um daqueles dois ou três almoços anuais onde habitualmente nos encontramos. Alguns de nós já não se viam há algum tempo, porque por isto ou aquilo, nem sempre é possível estarmos todos. E então, num restaurante de Matosinhos, saboreando bom peixe, todos saboreámos também boas - e algumas menos boas, mas essas em menor número - recordações. Vieram à baila as "gafes" que por vezes aconteciam, algumas delas e ainda bem presentes no nosso anedotário. E também as coisas boas que profissionalmente fizemos, os laços que fomos cimentando, e as pedras no sapato que (felizmente nem todos) tivemos que aguentar. Como é que está a família, já tens netos, e quantos, o que é que fazes agora, as perguntas do costume, uns não fazem nada, outros vão buscar e levar os netos à escola, um vai prá quinta onde se entretém com a sachola, outros ainda, fazem aquilo que sempre gostaram de fazer fora da profissão. E chegámos todos à conclusão que felizmente ainda estamos vivos. Bem, muitos de vocês sabem como são estes almoços. Até ao próximo.

AMIGO


Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo.

"Amigo" é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

"Amigo" (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
"Amigo" é o contrário de inimigo!

"Amigo" é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, practicada.

"Amigo" é a solidão derrotada!

"Amigo" é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
"Amigo" vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill

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