sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Direitos da Criança

Era uma vez...
... e se existisse um país pintado com muitas e variadas cores, onde os lugares fossem jardins e as ruas tivessem nomes de flores, e os sonhos se pudessem tornar realidade?
Olha, lá estou eu a sonhar! Se houvesse um país assim, seria o país ideal para as crianças crescerem e se fazerem gente. Pronto, já sei, não deixa de ser um sonho.Pois se as Nações Unidas (unidas?) só há 50 anos (feitos hoje) publicaram a Declaração dos Direitos da Criança, e levaram mais 30 anos (1989) na publicar a Convenção que fez dela lei, quem sou eu para me pôr para aqui a divagar?
Tem este introito uma razão. É ela a intenção de vos dar a conhecer um bonito texto-poema do meu amigo Antero Monteiro, em que ele sintetiza de um modo fantástico os direitos da criança, e que utilizámos no nosso trabalho O Semeador de Palavras, junto de escolas do 1º ciclo.
Eis o poema:

DIREITOS DA CRIANÇA

A criança tem direito a ter um nome e uma nação
Tem direito a não ter fome e a ter pão
Tem direito à liberdade
Tem direito à igualdade
Tem direito à educação
Tem direito a ter amor e compreensão seja qual for a sua raça, a sua cor ou religião
Tem direito ao tratamento
Tem direito à amizade e à protecção na negligência, crueldade e exploração
Tem direito à segurança
Tem direito a ser criança

E se eu soubesse que as crianças liam este blog, dir-lhes-ia, como o fazia nas escolas: Façam com que se cumpra esta declaração.

1 comentário:

Pedro disse...

Uma criança tem direito a crescer, com tempo.
E como nós não temos para nós. Não lhes deixamos tempo para eles.
É algo que me preocupa, que me corroi, mas apenas porque sou demasiado exigente comigo.
Porque no fundo, a realidade é que nós, a nova geração de pais, somos muito melhores pais do que os nossos foram.
E isto não é uma critica.
Apenas uma constatação.
São os tempos que são outros.
Espero que a minha filha venha a dizer o mesmo de mim. É sinal que lhe transmiti os valores que devia, mesmo no meu pouco tempo.
E é assim, mesmo no meu pouco tempo, entre entregas de caixas de roupa, que às 14.18h, passo por aqui, escrevo umas coisas e vou-me embora entregar mais caixas e ver onde arranjo dinheiro para mais uma carrinha avariada.
É tão bom, ter um sítio assim. Onde podemos fazer de conta que a vida não continua e que a realidade não é crua e dura.
No fundo...
Ter tempo para ser criança...
Escrever umas coisas, sem consequência e achar que isso é suficiente.
Para mim foi, agora.
Mais logo, na realidade. Logo se vê.
Karpe Diem.

Pedro.